POR FÁBIO CHAP
Quem dera eu te esquecesse NUM GOLE.
Quem dera a sorte batesse à minha porta e fizessem essas tortas lembranças irem embora PRA SEMPRE.
Mas as lembranças não só ficam, como me caçam pela madrugada.
É lá, no meio do bar, que eu lembro da tua cintura e do teu cabelo. Da minha boca sufocada de prazer enquanto você rebolava nosso amor na minha língua.
Eu tento outros corpos e eles parecem tão mornos. Eu tento muitos copos e eles deixam muito claro que seu beijo era raro. Que seu corpo era meu encontro com o ápice da vida.
Minha cabeça tá toda invertida. Nos meus sonhos eu te fodo forte. Quando acordo, meu dia está todo fudido. Quando o sol nasce, fica claro o perigo de não te esquecer tão cedo.
Eu tenho medo de te amar pra sempre… Sem você presente.
O Fábio Chap é um escritor que fala sobre arte, política e sexo! O Contador de Causos republica algumas das suas histórias!