FILMES QUE RETRATAM ADOLESCÊNCIA SÃO TEMAS DO DEBATE DA SEGUNDA (16)

Anos 80, ‘Geração das Selfies’ e sexualidade foram os assuntos que rolaram no Debate.

POR AILTON RODRIGUES
FOTOS: ARICLENES SILVA
CENTRO DE CULTURA, S.M. DO GOSTOSO/RN.

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Público veio ao Centro de Cultura acompanhar debate

O Debate com os Realizadores desta segunda-feira (15) abordou o tema da adolescência em suas diversas vertentes e gerações. Com mesa cheia, diretores e elenco descontraíram os espectadores com abordagens técnicas e específicas das obras exibidas.

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Mesa do debate desta segunda (16)

Estavam presentes os diretores Pedro Medeiros (José Bezerra), Anita Rocha da Silveira (Mate-me Por Favor), Marcus Curvelo (Feio, Velho e Ruim), Marina Person (Califórnia) e José Priciano (Flôzinha). Além dos atores Bernardo Marinho (Mate-me Por Favor), Clara Gallo (Califórnia) e Caio Herowicz (Califórnia).

O Contador resume aqui os principais pontos do debate de hoje:

A INTENÇÃO ERA ESSA

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José Priciano fala sobre a “Flôzinha”.

O curta gostosense “Flôzinha” foi questionado pelo final abrupto onde deixava para os espectadores pensarem a conclusão da trama, em resposta a indagação Priciano falou que com um tema como esse vários finais poderiam ser escritos e que deixar aberto foi o melhor.

“Tínhamos quatro finais diferentes, mas decidimos optar pelo final aberto, outra coisa foi o pouco tempo que tivemos, por exemplo, gravamos tudo da Flôzinha em dois dias” – José Priciano.

DA TERRA

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Pedro Medeiros dirigiu “José Bezerra”

José Bezerra é um potiguar de Mossoró, o próprio Pedro Medeiros é fotógrafo e admitiu que sempre teve desejo de retratar a fotografia de modo documental. O curta nasceu da parceria entre o Coletivo que surgiu no Vale do Assú e Mossoró.

“A fotografia tem um poder histórico incrível” – Pedro Medeiros.

TUDO EU

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Marcus Curvelo, diretor de “Feio, Velho e Ruim”

A proposta de Marcus Curvelo ao pegar um celular, fotos do seu tempo de criança e um gravador foi gastar o mínimo de dinheiro para produzir “Feio, Velho e Ruim”, o curta trata de relacionamento virtual e solidão, onde o próprio diretor faz as honras de ser ator.

Apesar da simplicidade, até o barulhinho das mensagens do Facebook no final da trama se casaram com o filme.

“Foi incrível! O público e a recepção, enfim o festival está muito bom (…) Quando ouvimos o barulhinho do Face, chega a aquecer o coração, mesmo que não seja quem você está querendo” – Marcus Curvelo.

TOTALMENTE JOVEM

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Anita Rocha da Silveira, diretora de “Mate-me Por Favor” e ator Bernardo Marinho.

O primeiro longa de Anita Rocha da Silveira tratou justamente da adolescência, tendo como o plano de fundo uma série de assassinatos na Barra da Tijuca-RJ, partindo de lembranças da própria diretora.

Outras curiosidades do filme foram explanadas por Anita:

  • Por conter jovens ainda com idade abaixo dos 18 anos, o filme foi todo gravado em férias escolares.
  • Mate-me “namora” com o horror, mas traz um fato marcante na vida de Anita que é o assassinato de Daniela Perez.

Além disso, sobre os trechos que contém poesia de Augusto dos Anjos, ela declarou:

“É difícil encaixar poesia em filme, mas foi uma questão do roteiro. Tem também a citação da música do Claudinho e Bochecha” – Anita Rocha da Silveira.

MÚSICA TRABALHOSA

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Marina Person, diretora de “Califórnia”

“Califórnia” tratou da juventude de Marina Person remetendo aos anos 80, para isso ela resolveu abusar das músicas, incluindo artistas como Paralamas, Titãs e até artistas internacionais como David Bowie e The Cure. O detalhe foi conseguir os direitos autorais.

“Demoramos cerca de dois anos para conseguir toda a liberação dos direitos autorais de música. Foi caro, difícil, mas no fim deu tudo certo” – Marina Person.

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Debate teve duração de duas horas.

O Contador de Causos é a casa da Mostra de Cinema de Gostoso e nós continuamos de olho! Até qualquer hora!

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Autor: Ailton Rodrigues

Técnico em Informática (IFRN), que adora esportes e jornalismo, estando sempre disponível para bons papos. Coordenador de Comunicação do clube de futebol TEC (Tabua Esporte Clube), membro do Conselho do Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania (CDHEC), comunicador da Mostra de Cinema de Gostoso. Formado em Pedagogia (UFRN).

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