TODOS OS DETALHES DA PESQUISA SETA/BG SOBRE AS ELEIÇÕES 2018

Confira essa reportagem com todos os detalhes da Pesquisa SETA/BG, sobre as eleições 2018.

POR RICARDO ANDRÉ
SÃO MIGUEL DO GOSTOSO/RN

O ano de 2018 começou com dois grandes eventos no horizonte, a Copa do Mundo da Rússia e as Eleições 2018. Muitos estão estranhando as mobilizações para 2018 e falta de certezas quanto as principais chapas para governo e presidente, consequência do encurtamento das campanhas políticas, outro fenômeno que iremos assistir e que as pesquisas tem apontado é a abstenção, acompanhada de um grande número de votos nulos e brancos, fenômeno muito forte nas última eleições em São Paulo/SP e que tudo indica ira se proliferar pelo restante do país.

A seguir você acompanha ponto a ponto os principais números, e os nomes que já se destacam para as eleições 2018. Esse ano os brasileiros iram votar seis vezes; dois votos para senador, um voto para deputado federal, um voto para deputado estadual, um voto para governador e um voto para presidente.

A pesquisa foi realizada de 10 a 13 de março e ouviu 1.100 eleitores em todas as regiões do Rio Grande do Norte. A margem de erro é de 3,5% e o intervalo de confiança é de 95%.

Primeiro voto para Senado

A deputada federal Zenaide Maia lidera a intenção para primeiro voto para Senador, com 9,9% das intenções de votos. José Agripino (8,7%) e Garibaldi Filho (7,4%) aparecem logo atrás. Geraldo Melo (3,8%), Carlos Eduardo Alves (2,3%), Ney Lopes (1,2%), Magnólia Figueiredo (1,0%), Fábio Dantas (0,6%), Joanilson Rego (0,4%) e Luis Roberto (0,2%) completam a lista de candidatos.

Por outro lado, diante dos nomes que foram apresentados, o eleitor consolidou a rejeição à política. Ninguém/branco/nulo totalizou 50,6%. Já os indecisos pontuaram 13,8%.

Segundo voto para o Senado

O senador Garibaldi Filho aparece como o mais citado para o segundo voto para o Senado, com 3,1%. O senador José Agripino marcou 2,5%. Atrás dele vem Zenaide Maia (1,7%), Carlos Eduardo (1,1%), Gerlado Melo (0,6%), Ney Lopes (0,4%), Magnólia Figueiredo (0,3%), Fábio Dantas (0,3%) e Luis Roberto (0,1%).

A rejeição à política lidera o levantamento, com 65,2%, percentual referente a quem declarou que não vai votar em ninguém, branco ou nulo. Indecisos marcaram 24,6%.

Voto para Governo

Se a eleição para governador fosse hoje, a senadora Fátima Bezerra seria eleita. Ela tem 29,6% das intenções de votos. O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves é o segundo colocado, com 8,1%.

O governador Robinson Faria marcou 5,6%, ficando em terceiro lugar. Atrás dele vem Geraldo Melho (3,7%), Kelps Lima (3,1%), General Girão (1,8%), Tião Couto (0,7%), Fábio Dantas (0,6%) e Robério Paulino (0,4%). Votos declarados para ninguém, branco e nulo somaram 38,6%. Indecisos marcaram 7,8%.

Voto para Presidente

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva aparece na pesquisa estimulada com 43% das intenções de votos dos potiguares, quase o triplo do segundo lugar, Jair Bolsonaro, com 16,7%.

Ciro Gomes (3,3%), Marina Silva (1,6%), Geraldo Alckmin (1%), Rodrigo Maia (0,5%), Álvaro Dias (0,4%), Manuela D’Ávila (0,1%) e Henrique Meirelles (0,1%) completam a lista. Os votos nulos, brancos ou em ninguém somaram 26,7%, e 6,6% declararam indecisão.

E se Lula não for candidato?

Em um cenário sem o ex-presidente Lula, o deputado federal Jair Bolsonaro lidera as intenções para presidente com 17,7% das intenções de votos. Lula não poderá ser candidato porque tem condenação em segundo grau e poderá ser preso.

Ciro Gomes (5,5%), Marina Silva (3,2%), Geraldo Alckmin (1,1%), Álvaro Dias (0,8%), Rodrigo Maia (0,7%), Henrique Meirelles (0,5%) e Manuela D’Ávila (0,2) terminam a lista.

Mais da metade do eleitorado preferiu não dar seu votou a candidato nenhum, percentual que ficou em 54,8%. Os indecisos somaram 17,7%.

REJEIÇÃO DE FAZER VERGONHA

picard

Os senadores José Agripino e Garibaldi Filho lideram a rejeição para o Senado, com 13,1% e 9,9%, respectivamente. Outros nomes apresentados ao eleitor também marcaram rejeição. Foram eles: Geraldo Melo (1,9%), Ney Lopes (1,9%), Magnólia Figueiredo (1,1%), Fábio Dantas (0,9%), Zenaide Maia (0,7%), Luis Roberto (0,7%), Joanilson de Paula Rego (0,1%).

Por outro lado, metade sequer pretende votar em alguém, pois 49,1% declararam intenção de ninguém/branco/nulo e 18,9% se manifestaram indecisos.

O Governador da Segurança e a rejeição ao governo Robinson Farias

Apesar do emprenho do atual governo do RN em concluir obras , o governador Robinson Faria lidera a rejeição para a pesquisa sobre intenção de voto para governador, com 31,8%.

O segundo nome mais citado foi da senadora Fátima Bezerra, com 3,5%. Depois aparecem o General Giraõ (2,6%), Carlos Eduardo Alves (1,6%), Geraldo Melo e Kelps Lima, com 0,7% cada; Fábio Dantas (0,5%), Tião Couto (0,4%), Robério Paulino (0,2%), e Cloriza Linhares (0,1%).

Brancos e nulos somaram 41,5% e 16,4% não souberam ou não quiseram responder.

Jair e Lula, entre o amor e o ódio

O deputado federal Jair Bolsonaro marcou 20,6% de rejeição entre os candidatos a presidente. Também pontuou razoavelmente o ex-presidente Lula, com 12,5%.

Ciro Gomes (3%), Alckmin (2,1%), Rodrigo Maia (2,1%) e Henrique Meirelles (0,9%) aparecem logo atrás. Álvaro Dias (0,8%) e Manuela D’Ávila (0,4) completam a lista. Dos entrevistados 36% declararam que não votaram em ninguém, branco ou nulo e 19,7% não souberam ou não quiseram responder.

ACORDÃO, CHAPÃO OU FUSÃO? ESTRATÉGIA PODE TER EFEITOS COLATERAIS

Se você chegou até aqui, parabéns! Com certeza você esta bem curioso para saber a situação da politica e as principais estratégias dos partidos.

O chapão nas última eleições tem sido uma estratégia muito útil para garantir uma vitória “matemática” nas eleições proporcionais e majoritárias, PORÉM, a soma de apoios pode significar a soma de rejeição e consequentemente um desastre politico em meio ao mar de escândalos que se tornou a politica brasileira. A pesquisa SETA/BG mostra isso.

Acordão de Agripino, Garibaldi e Carlos Eduardo é reprovado

O Instituto Seta perguntou aos eleitores do Rio Grande do Norte como avaliam a composição Carlos Eduardo Alves para o governo e Garibaldi e Agripino para o Senado. Já 40,7% avaliam a chapa como péssima. Para 23,5%, ela é ruim, enquanto 25,2% consideram regular. Apenas 7,6% julgaram ser boa e só 3% declararam que ela é ótima.

Quando questionados sobre intenções de votos, 70,4% disseram que não votariam na chapa ante a 17,3% que afirma que votariam. Outros 12% não souberam ou não quiseram responder.

O principal argumento para a recusa, entre os argumentos listados, é “escândalo/corrupção/ladrão”, que marcou 9,7%. A maioria, no entanto, de 85% não soube ou preferiu não opinar sobre as razões.

Chapa com Fábio Dantas, Garibaldi e Agripino também é mal avaliada

Assim como na chapa com Carlos Eduardo para governador, quando se modifica o nome para disputar o Executivo, mas mantém os nomes dos senadores, a má avaliação permanece.  Dos pesquisados 40,1% acham a composição péssima. Para 29,9%, ela é ruim e regular para 23%. 6,1% acham-na boa e 0,9% a avaliam como ótima.

Expressiva maioria também não votaria nos três, percentual que ficou em 74,6%. Apenas 13,5% afirmaram que votariam na chapa e 11,8% não souberam ou não quiseram responder.

O principal motivo entre as razões listadas foi de ‘corruptos/ladrões’, com 6,7%, mas a maioria não quis ou não soube responder suas razões, total de 90,1%.

 

Ufa! Muitos números para analisar, mas uma única coisa é certa: Não há nada definido.

Autor: Ricardo André

Professor de Matemática, produtor cultural e presidente do Espaço TEAR (CDHEC)