Apenas duas das escolas do município efetivaram a escolha do seu diretor. Escolas Ana Ribeiro e Paulo Freire terão novo pleito.
POR AILTON RODRIGUES

As eleições para direção escolar em São Miguel do Gostoso tiveram vários desdobramentos nos últimos dias em diversas localidades do município, no dia 30 de novembro foi a data oficial para o primeiro pleito nas seis comunidades que tem disputa para o cargo de diretor nas escolas, mas apenas duas tiveram suas chapas consolidadas e as demais farão novas eleições.
Na Escola Municipal Professora Ana Ribeiro Barbosa (Sede), por exemplo, haviam duas chapas, uma composta pelas professoras Iraní e Rosângela e a outra pelos professores Eduardo e Luciene. No pleito de 30 de novembro foi anunciada a chapa de Eduardo como vencedora, mas no dia seguinte a eleição a chapa adversária entrou com um recurso após ter havido a detecção de servidores que não exerciam suas funções no Ana Ribeiro e mesmo assim haviam votado, o que não é permitido pela lei da gestão democrática.
O recurso foi aceito pela comissão e a nova data estabelecida para o pleito foi 14 de dezembro. Data esta que também foi a estabelecida para a Escola Municipal Professor João Tomaz de Oliveira (Morros dos Martins) porque só apareceu um candidato ao cargo nos últimos dias.
Já na Escola Municipal Coronel Zuza Torres (sede) não houveram chapas e por isso não teve pleito, situação parecida com a Escola Municipal Margarida Alves (Arizona) que não tem número de alunos suficientes para que haja eleição.
Nesta segunda-feira (07) a Escola Municipal Professor Paulo Freire (Antônio Conselheiro) terá seu segundo pleito, uma vez que no dia 30 de novembro não foi atingido o quórum necessário, pois precisa-se atingir 50% dos votos de servidores e 35% dos votos de pais e alunos. A lei prevê nesta situação que a nova votação seja realizada após 8 dias da data oficial, por isso a data de 07 de dezembro.
Por lá também, o atual diretor Alexandre Marcos foi afastado pelo Conselho Municipal de Educação que também o impediu de concorrer a uma nova candidatura após denúncias terem sido efetivadas.
As escolas que tiveram eleições finalizadas no que podemos denominar de “primeiro turno” tiveram chapas únicas. São elas: Escola Municipal Prefeito José Américo (Baixinha dos Franças) que elegeu Luzia de Assis e a Creche Mundo da Criança (Sede) que elegeu a professora Ceicinha.
O QUE ESPERAR DE GESTÃO DEMOCRÁTICA

Equiparar o gestor (administrador) ao candidato (político) já é uma coisa normal no imaginário coletivo do povo brasileiro, sobre tudo, nas cidades de interior, onde as desvantagens se atribuem exatamente ao lado político de quem se propõe ao cargo. O mesmo acontecerá com diretores, vice-diretores e coordenadores pedagógicos, que serão cobrados por uma “boa administração”, e se não conseguirem êxito nas suas administrações (o que não depende só deles) serão simplesmente chamados de políticos.
Na realidade o que o cidadão espera é uma melhor qualidade da escola pública, de preferência uma gestão escolar que não empurre pais e responsáveis para o universo das escolas particulares. Vale sempre lembrar que já pagamos altos impostos por uma escola pública de qualidade. Todos torcem para que a dita gestão democrática traga reais benefícios a educação gostosense e não seja apenas mais uma das bem intencionadas teorias (nada práticas) da administração pública.
Até qualquer hora!
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