Primeiro ano com nova dinâmica de votação fez com que os nove vereadores eleitos fossem todos homens e nenhum levantou bandeira para as políticas públicas ou culturais.
POR AILTON RODRIGUES

As eleições municipais marcaram um recorde que pode ser considerado ruim para a formação da nova Câmara dos Vereadores, pela primeira vez na história só haverá homens e nenhum deles defendeu as políticas públicas ou culturais durante suas campanhas.
Desde 1996 que pelo menos uma mulher assumiu alguma cadeira, em 2012 foi o recorde de participação com cinco vereadoras eleitas, incluindo até a primeira mulher eleita prefeita, que foi Maria de Fátima. Neste ano de 2020 durante a apuração o nome de Micarla Catarina (PL) ainda despontou na 6ª posição no número de votos com 372 eleitores, mas por causa das contas do coeficiente eleitoral ela acabou ficou fora.
Dentre os eleitos em 2020 o mais votado foi Azenate Câmara (PSDB) com 609 votos, até se especulou que ele poderia bater o recorde de votação de Clésia em 2012 quando ela tirou 659 votos, mas não aconteceu.
O atual vice-prefeito é um dos grandes nomes a serem observados nos próximos anos e junto com Neto da Saúde (PSDB), que tirou 387 votos, ‘puxaram’ Neném dos Morros (PSDB) que tirou 311 votos. Com isso podemos considerar que partido saiu fortalecido com três cadeiras.
Podemos destacar também o desempenho de Jean dos Morros (PL) que pela primeira vez na disputa obteve 511 votos, o tornando mais votado de toda coligação ao qual fazia parte e ajudou a reverter um colégio eleitoral que foi vencido por Renato em 2016, o Morros dos Martins.
Todavia, pela expressiva votação dele e a diferença de apenas 50 votos de maioria para Miguel Teixeira (PL), ficou comprovado que não houve a ocorrência majoritária do que denominamos de ‘voto casado’. Jean se expandiu entre sede e Reduto também.
Além disso, o PL conseguiu eleger Evandro Menezes (474 votos), filho do atual vereador Evânio Menezes, que transferiu grande parte do seu eleitorado. O PSD também elegeu duas cadeiras: Adalpe (406 votos) e Ednaldo (275 votos), este último aliás foi apoiado pessoalmente pelo prefeito Renato e conseguiu a vaga pela sobra do coeficiente eleitoral.
Fechando a lista dos eleitos, Zé de Luzenário (376 votos) confirmou seu favoritismo como candidato do PCdoB e Beto de Agostinho (PSB) com 284 votos venceu a queda de braço com Márcio Neri (PSB) que obteve 263 votos (21 votos a menos que o adversário de partido) e conquistou a vaga.

Concluindo, a maioria da Câmara será novamente da situação com 5 a 4. Todavia com três candidatos de primeira viagem e no mínimo três outros conhecidos por ter pavio curto, teremos expectativas de muitos debates acalorados durante os próximos anos, porém sem muitas esperanças de representatividade para as mais diversas áreas e classes.
Nós continuamos de olho. Até qualquer hora!
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