Espetáculo teve grandes melhorias em relação a edição 2018, mas a falta de iluminação e recursos foram o calcanhar de Aquiles em 2019.
POR AILTON RODRIGUES
FOTOS ARICLENES SILVA

O Auto do Menino Deus encenado no último sábado (21) foi o grande encerramento das atividades do Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania (CDHEC) em 2019, e ,de fato, dá para confirmar que foi um sucesso absurdo.
A grande qualidade do evento foi agregar mais atores sociais no cortejo, que contou com um percurso que saiu do Espaço Tear e culminou na Praia da Xepa. Além do Pastoril e Boi de Reis, desta vez houve o acréscimo de um coral de crianças do Morro dos Martins e um grupo de capoeira do distrito do Reduto. Elementos importantes que abrilhantaram ainda mais o espetáculo e emocionaram as centenas de pessoas que acompanharam.

Aliás, este ano mais pessoas acompanharam. Apesar que a impressão que tive ao conversar com alguns deles é que não estavam sabendo anteriormente do que se tratava e foram cativados a seguir. Houve apenas dois pontos negativos, o primeiro deles é a iluminação pública que em alguns trechos se mostrou fraca e dificultava a visão dos espectadores, o segundo foi o encerramento do espetáculo que além de rápido se mostrou muito aberto, não dava o desfecho necessário a dimensão do que havia sido o cortejo.
Outro destaque ruim foi o trânsito que atrapalhou muito. O município sofre com essa mazela de não ter um controle, presenciamos até motociclistas andando sobre as calçadas na busca de fugir dos carros. Simplesmente lamentável.

Conversei com membros do CDHEC e eles disseram que a falta de recursos neste ano quase impossibilitou a realização do Auto. Todavia eles reconhecem que o final tem de ser melhorado e que para isso ter dinheiro é extremamente necessário.

Porém, não vamos negar o brilho do show. Impressionante ver como o CDHEC ainda tem este poder de mobilização e com potencial de ser um diferencial no cardápio que o município oferece aos seus turistas. Não só isso, a renovação acontece sistematicamente, só nessa edição apenas um veterano continuou em um papel principal que foi Fernando Miranda na brilhante atuação como Seu Gostoso.
Só podemos agradecer pela cultura continuar viva! Vida longa ao CDHEC!