Filme impressiona pela simplicidade e beleza que se envolve de maneira inerente a trama sutil, mas emocionante.
POR AILTON RODRIGUES
NATAL/RN

Com o dedo do produtor brasileiro Rodrigo Teixeira nesta obra indicada a 4 categorias do Oscar (incluindo o de melhor filme). Me Chame pelo Seu Nome (Call Me By Your Name) pode ser no mínimo classificado como bonito e delicado, fora isso as belas imagens italianas que o diretor Luca Guadagnino traz são um requinte a mais que a bela história mostra para os espectadores.
A primeira vista, você pode até se perguntar que vai ser mais um drama de uma relação homessexual, mas felizmente não é. Óbvio que a relação de Elio (Timothée Chalamet) e Oliver (Armie Hammer) é um dos pontos centrais, mas o amadurecimento de Elio é o que parece mais interessar para o roteiro de James Ivory.
As inquietações que Elio sente ao ver o ajudante do seu pai (Michael Stuhlbarg) quando chega na sua casa em pleno verão remete as dúvidas que a maioria dos adolescentes tem ao descobrir seu próprio corpo: desejo ou admiração? Guadagnino demonstra na escolha das suas cenas que a aceitação ou o medo da negação não importam, só interessa saber o que Elio está fazendo da sua vida e se isso o está fazendo feliz.
As cenas mais quentes do filme são de certa forma leves, necessárias para entender que há responsabilidades nos atos de Elio, mesmo quando ele procura sua paquera Marzia (Esther Garrel) e a decepciona depois. Um típico adolescente, e nisso a questão do homo, hétero ou bissexual fica para quem quiser questionar.

Gostaria de destacar, mais uma vez, as belíssimas imagens da cidadela italiana que emolduram as cenas, se misturam com o enredo daquele pesquisador, pai de Elio, e da mãe que ama literatura, além do próprio protagonista que toca e escreve músicas. Um misto de artes que só engrandecem o filme.
ME CHAME PELO SEU NOME (2017)
- Duração: 130 min.
- Gênero: Drama Romântico
- Classificação: 14 anos
- Estreia no Brasil: 18 de janeiro 2018.
Até qualquer hora!
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