Uma banca muito conhecida e temida no meio dos concurseiros é o Cebraspe, antiga Banca Cespe/UnB (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos). Fundada na década de 70 tinha finalidade apenas de efetuar provas para vestibulares da Universidade de Brasília (UnB), e posteriormente, começou a preparar também concursos públicos.
Atualmente é uma das bancas mais presentes nos concursos pelo país. Portanto, a forma de avaliação assusta um pouco os concurseiros.
O método “Certo ou Errado” exige muito cuidado, pois a cada resposta errada anula uma certa. Assim, o candidato deve pensar muito bem antes de chutar alguma alternativa. A preparação antes da prova é essencial; fazer simulados, analisar provas anteriores, cursos, dessa maneira o candidato terá um contato maior com a banca e as chances de se dar bem aumenta.
De acordo com a própria organizadora, o procedimento de avaliação é justificável em um processo seletivo que visa selecionar o candidato com melhor capacidade de analisar, interpretar e responder a partir do que aprendeu, descartando o “chute” ou a possibilidade de aprovação ao acaso.
O candidato deve ter cautela e não arriscar sem ter certeza. Uma forma de ajuda é definir quantas perguntas podem ser deixadas sem responder, é fazendo vários simulados, variando a quantidade de questões em branco. Depois apurar o percentual ideal, com base no seu nível de conhecimento e preparação.
No Enem 2015 muitos candidatos perderam pontos na Redação porque ignoraram uma palavra do tema: “persistência”. Não perceber esse vocábulo fez com eles esquecessem de citar importantes aspectos históricos sobre a violência contra a mulher no Brasil. Essa análise parcial é um dos erros mais comuns nas redações do exame. Por isso, ter em mente as principais palavras-chave do tema proposto, antes de começar a escrever, diminui os riscos de você se desviar da abordagem solicitada. A dica é do professor de redação do QG do Enem, Raphael Torres, que comentará como fugir dos principais erros na redação do Enem em aula ao vivo e gratuita, no dia 30, às 20h.
“O objetivo de traçar esse ‘mapa do erro’, com a lista dos principais desvios em dissertação argumentativa, é chamar a atenção do candidato para que ele perceba esses enganos frequentes e, claro, evite-os”, ressalta Torres. Os apontamentos (veja exemplos abaixo) englobam as cinco competências cobradas pelo Enem, as quais valem 200 pontos cada.
A aula da próxima quarta-feira terá uma hora de duração e faz parte do Curso Completo 2016 do QG do Enem. Para assistir não é preciso ser aluno, é só acessar o nosos portal.
Veja alguns dos erros mais comuns na Redação do Enem, compilados pelo professor Torres:
# Crase – o problema não é a falta dela, mas a ocorrência de um fenômeno conhecido como hipercorreção, ou seja, com medo de contrariar a Norma, o estudante vai além do que é exigido. No caso da crase, utiliza-se o acento grave em contextos onde seu uso é condenado, principalmente diante de verbos ou palavras femininas que, apesar do gênero, não aceitam crase, como, por exemplo, “ela”.
# Concordância Verbal – o desvio da Concordância Verbal se agrava devido ao fato de não ser tão claramente descoberto em revisões do texto. Fique atento ao optar pela inversão da ordem direta de certas orações, já que o sujeito sai de sua posição original, aumentando a tendência de ser ignorado na escolha da conjugação verbal.
Exemplo:
São necessárias mudanças urgentes. (Certo)
É necessário mudanças urgentes. (Errado)
# Tangenciamento do tema – priorizar a análise parcial do tema, ignorando eixos fundamentais de discussão (palavras-chave) provoca perda frequente de pontos. Temos o exemplo citado na abertura da matéria: o tema da redação do Enem 2015 “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Ignorar abordagens relacionadas à palavra “persistência” tirou nota de muitos candidatos.
# Contradição – segundo Torres, a contradição é falha grave num texto que se pretende argumentativo. Mudar de opinião ao longo do texto ou oferecer exceções que equivalem em peso ao posicionamento que se pretendia defender, gera um efeito que tradicionalmente ficou conhecido como “em cima do muro”.
# Inconsistência teórica – na busca por sustentar mais solidamente tese e argumentos, o estudante cita dados equivocados ou carentes de comprovação, o que, quando percebido pelo avaliador, pode causar perda de credibilidade e, consequentemente, qualidade final.
# Repetição vocabular – usar uma mesma palavra em várias ocasiões próximas, compromete a progressividade do texto e a percepção do avaliador quanto à capacidade vocabular do candidato.
# Ausência do agente – omitir a origem da iniciativa da proposta de intervenção também reduz pontos na prova. A dica é atribuir a responsabilidade da solução proposta a elementos sociais em especial, o que aumenta a qualidade do texto como um todo. Por exemplo: iniciativa privada, ONG’s, Estado, instituições escolares, cidadãos comuns.
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