RACISMO É O NOME DO ‘FENÔMENO’

POR FÁBIO CHAP

Às vezes estou no bar com amigos e naturalmente surgem muitos temas espinhosos nos papos. Quando o assunto passa a ser racismo, alguns dizem que o movimento negro do Brasil é exagerado; que racismo de verdade é lá nos EUA e não aqui no país.

Na hora eu já proponho um exercício:

– Oh, conta quantos negros estão servindo a gente e quantos estão bebendo e se divertindo com a gente. Depois conta quantos brancos estão servindo a gente e quantos estão bebendo e se divertindo com a gente.

É incrível como o efeito é imediato:

– Pô, foda, né? Verdade… tem alguma coisa errada, mano.

– Se tem, meu brother. Ô se tem.

O Brasil não tem sua ‘Ku Kux Klan’, mas tem um sistema em que, mesmo 1 século e meio depois da abolição, se vê claramente que na maioria das vezes o negro serve e raríssimas vezes é servido.

Racismo é o nome do ‘fenômeno’.

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Autor: Ailton Rodrigues

Técnico em Informática (IFRN), que adora esportes e jornalismo, estando sempre disponível para bons papos. Coordenador de Comunicação do clube de futebol TEC (Tabua Esporte Clube), membro do Conselho do Coletivo de Direitos Humanos, Ecologia, Cultura e Cidadania (CDHEC), comunicador da Mostra de Cinema de Gostoso. Formado em Pedagogia (UFRN).