Nova recomendação emitida nesta quarta-feira (29) pede cassação da chapa ao relatar que houve abuso de poder político e conduta vedada a agente público durante campanha de 2024.
Por Ailton Rodrigues

O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu uma nova recomendação nesta quarta-feira (29) pedindo a cassação dos diplomas do prefeito Léo de Doquinha (PSD), do vice João Eudes (PT) e do ex-prefeito Renato de Doquinha, assessor especial da atual gestão, além da inelegibilidade dos citados por 8 anos.
Desta vez o MPE alegou que houve abuso de poder político e conduta vedada a agente público durante campanha de 2024. Segundo o documento assinado pelo promotor Edisio Souto Neto o ex-prefeito Renato teria usado seu perfil pessoal nas redes sociais para realizar uma sistemática propaganda institucional de atos da gestão municipal durante o período vedado, com o objetivo de impulsionar a candidatura de seu sobrinho, Léo, e seu vice, João Eudes.
Para tal feito também teriam sido usados servidores e prédios públicos. Além disso, um contrato firmado pela prefeitura em 2024 com um prestador de serviços em comunicação e mídia teria sido o mesmo que produziu o conteúdo divulgado no perfil pessoal do ex-prefeito Renato. Mais de 200 mil reais dos cofres públicos haveriam sido pagos pelo serviço ao longo do ano.
Sobre as demais denúncias

No mês de agosto, houve o pedido de arquivamento da denúncia sobre o de realização de showmícios bem como distribuição gratuita de bebidas alcoólicas durante eventos de campanha. Para o juiz Pablo de Oliveira Santos as provas apresentadas seriam consideradas frágeis.
A 2ª denúncia também teve seu pedido de arquivamento no início de outubro. O caso tratava da acusação de compra de votos por meio de uma transferência PIX de R$ 1.500,00 entre membros familiares de envolvidos diretamente na campanha.
Na manifestação, o Ministério Público Eleitoral reconheceu que houve a transação financeira mencionada, mas afirmou não haver prova robusta e inequívoca de que o valor tenha sido oferecido com o objetivo específico de obtenção de voto, requisito indispensável para caracterizar captação ilícita de sufrágio.
No último dia 22 de outubro, o MPE, por sua vez, se posicionou a favor da cassação da chapa após comprovar que houve um alto número de contratos no ano eleitoral, para isso foram usados dados do Portal da Transparência, como por exemplo, os que mostram que em janeiro de 2024 a cidade possuía 412 servidores temporários, enquanto em setembro o número havia subido para 791, um acréscimo de mais de 90%.
Nós continuamos de olho.