Em entrevista ao portal Agora RN, presidente da AeGostoso, Suzano Motta, declarou que a cidade ainda tem limitações que impedem um maior crescimento.
Por Ailton Rodrigues
Com informações de Douglas Lemos do Portal Agora RN

São Miguel do Gostoso é o terceiro maior polo turístico do Estado do Rio Grande do Norte, mas poderia estar em outro nível, esse foi o tom da primeira entrevista do recém empossado presidente da Associação de Empresários e Empreendedores de São Miguel do Gostoso (AeGostoso), Suzano Motta, ao portal Agora RN nessa última terça-feira (25).
Dentre os principais pontos da entrevista cedida ao jornalista Douglas Lemos, Suzano relata que o turismo na cidade precisa ser reinventado para atrair público durante o período de baixa estação. Além disso, a infraestrutura deve ser melhorada para que a região se torne um mercado imobiliário mais forte.
Veja alguns trechos da entrevista:
Sobre a expansão imobiliária na cidade:
“É uma cidade de muito vento, muitas áreas de preservação e belezas naturais e isso provocou uma corrida imobiliária para o destino. Hoje nós temos três grandes condomínios lançados com sucesso de venda. Os compradores são na sua maioria do Sul do País, que viram Gostoso como uma forma de ter um destino de férias com sol o ano inteiro e de rentabilizar seu investimento alugando o seu imóvel quando não estiver usando. Pós-pandemia e com o fator homeoffice muitos estão transformando seus escritórios fixos em itinerantes. E Gostoso recebe muitas pessoas que fizeram este tipo de opção de vida”.
“Todo este boom imobiliário fez com que as grandes construtoras do Nordeste voltem os seus olhos para as áreas disponíveis na região e a prova disso é a chegada muito forte da imobiliária Caio Fernandes com atuação exclusiva em Gostoso e a vinda da maior construtora do Nordeste que breve lançará”
Problemas que a cidade precisa encarar:
“O corredor de acesso ao principal cartão postal do município, a Praia de Tourinhos, é um percurso de 8 km de barro e lama. Já as barracas da praia são precárias nos quesitos aparência, higiene, conforto e acesso. A rua gastronômica mundialmente conhecida pelos seus bistrôs com renomados chefs de cozinha internacional obriga o turista a conviver com buracos, falta de acessibilidade e animais abandonados. Coisa que pequenas atitudes do poder público resolvem fácil”.
“A cidade tem muita limitação de obras estruturantes. Encontra-se num processo para se tornar 100% saneada com a chegada de um sistema de abastecimento d’água com mais qualidade. Porém, ainda é uma cidade nativa, já que é um município de apenas 28 anos de existência e sofre com as limitações de gestores públicos sem muita visão empreendedora. Recentemente a prefeitura lançou o edital para a elaboração e atualização do código de meio ambiente e isso ajudará muito a mudar alguns hábitos e tratos da cidade com destinação de lixo, animais abandonados nas ruas e poluição visual”
Ainda sobre o potencial da cidade, o empresário destacou que o ramo gastronômico é um forte chamariz com seus mais de 80 restaurantes e 200 pontos de hospedagens entre pousadas e chalés.
Um dos planos para alavancar a baixa estação, segundo o empresário, seria a construção de um Centro de Convenções que poderia fazer a cidade ter um calendário de eventos mais amplo:
“A ideia é viabilizar através de parceria público privada a construção de um centro de convenções para colocar Gostoso no roteiro de destino turístico e de eventos. No momento que realizar shows, congressos, feiras e convenções, você atrai um turista qualificado e mantém o turismo de Gostoso sustentável”.
Nós continuamos de olho. Até qualquer hora!
Original: https://agorarn.com.br/ultimas/reinvencao-economica-para-elevar-patamar-de-sao-miguel-do-gostoso/