Álbum visual de Lady Gaga é um caos delicioso que mostra o melhor de uma das artistas que ainda impressionam em conceito e performance.
Por Ailton Rodrigues

Os little monsters nem esperavam, mas a HBO lançou um presente. ‘Gaga Chromatica Ball’ entrou na plataforma Max e trouxe em forma de longa-metragem todas as performances de um show épico baseado no álbum ‘Chromatica’ de 2020.
A obra é de 10 de setembro de 2022 no Dodge Stadium onde 52 mil pessoas puderam presenciar uma performance do mais alto nível dividido em 4 atos e um epílogo. A introdução baseada com os hits históricos “Bad Romance”, “Just Dance” e “Poker face” já ambientam você para um misto de emoções.
O melhor de tudo é que cada ato parece deliciosamente encaixado em uma visão única da artista que nos coloca em cenários imersivos. A impressão é que Gaga sempre tem algo a mais a contar e mostrar. Claro que também devemos contextualizar que o álbum, bem como o show foram realizados na transição da pandemia. Ouvimos as canções em casa e alguns milhares puderam ver a turnê ainda com algumas restrições.
Sobre a musicalidade, no álbum ‘Joanne’ disseram que Lady Gaga teria se voltado a um lado mais minimalista, com as pinceladas do country e jazz que deram uma dimensão maior da sua arte musical. Aqui no ‘Chromatica’ ela mostra tudo o que a projetou para o estrelato: maximalismo, futurismo e disco.

Sem perder de vista também o social e político, Gaga mostra que estava atenta aos debates e dedica canções a episódios especiais como em “Angel Down” onde menciona Trayvon Martin, que morreu vítima de violência policial em 2012, e elogia a força da população LGBTQIA+ e com a luta por direitos reprodutivos.
“A América precisa ser curada. Há mudanças que precisam ser feitas”, diz.
Não tem como passar ileso ao assistir essa grande performance de uma das melhores e maiores artistas que temos no mundo.
Gaga Chromatica Ball (2024)
- Duração: 1h52
- Disponível em: Max
- Nota do crítico: ⭐⭐⭐⭐