Tentativa de diálogo dos bugueiros com órgãos públicos busca regulamentar o setor e o trânsito na orla gostosense, problema este que se arrasta há anos.
Por redação

Na última terça-feira (29 de abril), a Associação dos Bugueiros de São Miguel do Gostoso promoveu uma reunião no Centro de Cultura da cidade com representantes da gestão municipal para discutir a regulamentação da atividade e buscar soluções conjuntas para o tráfego de veículos nas praias do município.
O encontro contou com a presença de Moisés Souza, diretor do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), e Thyago Sohlove, secretário de Comunicação da Prefeitura. Durante a reunião, o Demutran tratou sobre a necessidade da implantação das primeiras 25 placas vermelhas disponibilizadas para veículos de bugueiros credenciados, como parte de um esforço para coibir o transporte clandestino de passageiros na região.
Além da regularização das placas, a reunião teve como pauta central a necessidade de encontrar, junto ao Ministério Público, ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), à Prefeitura e à própria Associação dos Bugueiros, uma solução viável para o tráfego nas áreas de praia. A proposta apresentada envolve a criação de uma faixa de areia específica, uma rota demarcada onde os buggies possam circular legalmente, respeitando os limites ambientais e garantindo segurança para todos.
“Com isso, nós também seremos uma ferramenta de fiscalização, para coibir o tráfego ilegal”, destacou o bugueiro Rennan Castro, um dos articuladores da reunião. “Demos esse passo inicial e agora vamos buscar uma agenda com o secretário de Meio Ambiente e Planejamento Urbano, Marcelo Maranhão, e com o prefeito Léo de Doquinha, para tentar viabilizar essa flexibilização”, completou.
O encontro foi considerado um avanço importante na construção de um diálogo entre os profissionais do setor de turismo, o poder público e os órgãos de fiscalização ambiental. A expectativa é que novas reuniões aconteçam em breve, com a participação de outros atores envolvidos, para que se chegue a um consenso que atenda às necessidades econômicas da cidade sem comprometer a preservação ambiental.